Sistema Linfático Humano | Função dos Vasos Linfáticos | Fisiologia e Resumo

O sistema linfático é um dos componentes mais importantes no corpo humano. Nesse artigo apresentaremos  sua função e anatomia em um resumo completo.

Qual a função do sistema linfático?

O sistema linfático é responsável pela defesa do corpo humano. É formado por linfonodos, uma rede de vasos linfáticos cuja função é transportar a linfa para todo o organismo através do sistema circulatório. A seguir, aprenderemos o que é linfa e qual a função do sistema linfático no corpo humano.



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Vasos linfáticos

Os capilares linfáticos, de extremidades cegas, reúnem-se formando redes. São geralmente de diâmetro maior que os capilares sanguíneos, e o diâmetro de um determinado capilar varia mais ao longo do seu percurso do que o de um capilar sanguíneo. As redes de capilares do sistema linfático drenam para vasos linfáticos algo mais calibrosos.

Tanto estes vasos linfáticos, como aqueles aos quais desembocam por sua vez, são geralmente chamados linfáticos.  As paredes dos menores linfáticos – o tipo no qual desembocam os capilares linfáticos – consistem de uma delgada camada de tecido conjuntivo e um revestimento endotelial.



Quando os vasos do sistema linfático alcançam uni diâmetro entre 0,2 e 0,5 mm, suas paredes apresentam indícios de serem compostas de três camadas: uma íntima, uma média e uma adventícia. As três camadas, entretanto, não são bem definidas nas paredes dos menores linfáticos.

Fisiologia do sistema linfático

No entanto, podem ser distinguidas muito claramente nos capilares maiores. A íntima geralmente apresenta fibras elásticas. A média dos vasos maiores consiste principalmente de fibras musculares lisas dispostas circular e obliquamente. As fibras musculares são sustentadas por algum tecido conjuntivo que contém fibras elásticas.

A adventícia é relativamente bem desenvolvida, particularmente nos vasos menores, e contém fibras musculares lisas; estas correm tanto longitudinal como obliquamente. Nas camadas externas dos vasos linfáticos de tamanho médio e grande estão presentes pequenos vasos sanguíneos.



Estrutura dos vasos linfáticos

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No sistema linfático, os vasos que recolhem a linfa dos capilares linfáticos e a levam aos vasos linfáticos maiores, que finalmente a vertem no sistema circulatório sanguíneo, geralmente passam através dos tecidos com uma veia e a artéria correspondente. Todavia, os vasos linfáticos não mostram tanta tendência a se unirem para formar vasos maiores, como acontece com as veias.

Assim, é possível encontrar vários linfáticos associados à uma veia e sua artéria acompanhante. Os linfáticos, à medida que passam através dos tecidos podem unir-se entre si, mas também podem nova- mente ramificar-se e assim permanecer numerosos.rede-linfática

Os vasos linfáticos que recolhem a linfa dos capilares linfáticos, antes de se abrirem nos vasos terminais do sistema desembocam em gânglios linfáticos que se dispõem ao longo de seu curso. Isto permite que a linfa seja filtrada enquanto atravessa as malhas retículo-endoteliais do gânglio; por outro lado, a ela podem ser acrescentados linfócitos.



O que é linfa?

A linfa é o liquido que circula no sistema linfático. Possui uma composição semelhante à do plasma sanguíneo, entretanto, com menor quantidade de proteínas. A circulação da linfa no sistema linfático obedece à diferença existente entre a pressão tissular e a pressão venosa, à massagem exercida pelos músculos ao se contraírem e à atividade contrátil dos próprios vasos linfáticos.

A linfa que passou através do gânglio linfático contém linfócitos; este fato, juntamente com a ausência de eritrócitos na luz dos linfáticos, pode contribuir para a diferenciação entre linfáticos e veias, em cortes.

A linfa é trazida ao bordo convexo de um gânglio por um conjunto de vasos aferentes, e deixa-o pelo bordo côncavo, ou hilo do gânglio, através de um conjunto de vasos eferentes; estes são tributários dos vasos terminais existentes no sistema linfático.

Válvulas dos vasos linfáticos

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Os vasos presentes no sistema linfático, exceção feita apenas dos menores, geralmente, mas nem sempre, têm válvulas. As válvulas são mais numerosas e, portanto, mais próximas do que nas veias. Realmente, as válvulas dos linfáticos podem ser tão próximas que um linfático estendido parece um rosário, por causa das numerosíssimas dilatações entre as válvulas.

As válvulas existentes no sistema linfático geralmente apresentam duas valvas; as valvas são dobras da íntima, e por isso têm delicadas placas de tecido conjuntivo como esqueleto, e revestimento endotelial. Geralmente se diz que as células endoteliais estão orientadas, tal como nas válvulas das veias, de modo diferente nas duas faces das valvas, tendo o maior diâmetro paralelo à corrente na face axial, e perpendicular à corrente na face parietal.

É fácil compreender de que modo cada segmento de vasos linfáticos situado entre duas válvulas poderá agir como uma bomba, se:

  • A parede do segmento de vaso linfático se contrair;
  • O segmento for comprimido por um agente externo.

Circulação da linfa no sistema linfático

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Na rã existem “corações linfáticos” que efetuam a propulsão da linfa. Parece duvidoso que a linfa seja impelida ao longo dos vasos linfáticos dos mamíferos por contrações de músculo liso parietal.

A compressão dos linfáticos, ocasionada por vasos sanguíneos pulsáteis em sua vizinhança, ou por movimentos ativos ou passivos das partes circunvizinhas, poderá fazê-los atuar, entre certos limites, como bombas, assim contribuindo para a propulsão da linfa através deles.

Isto explica por que a massagem pode ser empregada com o objetivo de incrementar a drenagem linfática de uma região. Parece duvidoso que exista grande fluxo do sistema linfático em tecidos normais em repouso. Os vasos linfáticos que os drenam tomam parte ativa na absorção das gorduras. Depois de uma refeição rica em gorduras, a linfa intestinal é de cor leitosa, e se denomina quilo.

O retorno da linfa à corrente sanguínea

A linfa que é recolhida no organismo pelo sistema linfático volta à corrente sanguínea por intermédio de dois vasos terminais principais, o canal torácico e o conduto linfático (este pode ser representado por vários vasos).

Na sua origem, no abdômen, o canal torácico é algo dilatado, formando o que é chamado cisterna chyli, e daí se estende por cerca de 45 cm. até desembocar no ângulo de confluência deste com as veias jugular interna e subclávia esquerda.

Por vezes o canal torácico é substituído por diversos vasos menores, que desembocam separadamente nas grandes veias. O conduto linfático direito, ou, mais comumente, diversos representantes do conduto linfático direito, chegam às grandes veias em pontos comparáveis àquele em que o canal torácico aflui aos grandes vasos do lado esquerdo.

Os afluentes presentes no sistema linfático que correm respectivamente para o canal torácico e para o conduto linfático direito (ou seus substitutos) são descritos nos tratados de anatomia. É suficiente assinalar que o canal torácico recebe toda a linfa formada no abdômen; é portanto, de longe, o maior dos dois vasos linfáticos.

O sistema linfático humano – Resumo dos órgãos e funções

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