Ovários – gônadas – função, anatomia – Estrógenos e progesterona

Os ovários estão presentes no sistema reprodutor feminino em número de dois. São as glândulas sexuais, ou gônadas, nas quais ocorre a formação dos óvulos, isto é, das células sexuais ou gametas femininos.

ovários



Os ovários tem o formato de uma amêndoa achatada, de cerca de 4 centímetros de comprimento por 3 de largura. Nos ovários, encontram-se milhares de pequenas cavidades esféricas chamadas folículos oóvaros (“portadores de óvulos”) ou ainda folículos de Graaf, contendo cada um, um ou mais óvulos.

Além de produzirem óvulos, os ovários se destinam a secretar hormônios, sendo por isso glândulas endócrinas. Estes hormônios são os estrógenos e progesterona.

As trompas de falópio e os ovários constituem os anexos uterinos. A concavidade que na bacia separa a vagina da bexiga, na parte anterior, e do reto, na parte posterior, denominada de saco de Douglas.



Estrutura dos ovários

Os ovários são revestidos por uma camada única de epitélio germinativo. Em mulheres jovens, ele é formado de células cuboidais, tornando-se achatadas à medida que a idade avança. O tecido conjuntivo dos ovários é denominado estroma. É constituído por células fusiformes e substância intercelular.

Em sua maior parte, o estroma do córtex ovariano é mais rico em células do que em substância intercelular. Apresenta, em corte, uma aparência densamente nucleada. Além disso, os feixes de células e fibras que o constituem em sua maioria, dirigem-se em várias direções. Daí, apresentar o estroma, num corte, um aspecto de “redemoinho” característico.

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A camada situada logo abaixo do epitélio germinativo difere, entretanto, do restante do estroma, porque possui uma maior proporção de substância intercelular. Seus feixes de fibras e células se orientam num sentido aproximadamente paralelo à superfície.

Esta camada especial é denominada túnica albugínea. Sua cor é esbranquiçada; seu nome sugere o alto teor de substância intercelular que encerra, bem como sua pobreza em vasos. Contrastando com a densa textura do estroma cortical, o da medular é organizado frouxamente.

Hormônios produzidos pelos ovários

Na primeira infância, o lobo anterior da hipófise (adeno-hipófise), enquanto elabora hormônio do crescimento, secreta muito pouco hormônio gonadotrófico. Consequentemente, o crescimento dos ovários só se processa em proporção ao do corpo. Ao aproximar-se a puberdade, entretanto, a parte anterior da hipófise (um grupo de células basófilas) começa a produzir hormônio gonadotrófico.

Isto implica em que os ovários comecem a liberar um óvulo, cada 28 dias aproximadamente, que é recolhido pelo oviduto. Os ovários, além disso, sob o estímulo gonadotrófico, passam a funcionar como glândula endócrina, produzindo dois hormônios: estrogênio e progesterona.



Estrogênio

O primeiro hormônio elaborado pelos ovários é o estrogênio, considerado o hormônio sexual feminino básico.

Lançado na corrente sanguínea, na época da puberdade, promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários da fêmea. As mamas aumentam de volume e tornam-se arredondadas.

Crescentes quantidades de gordura se depositam sob a pele dos quadris e nádegas. O crescimento capilar é estimulado em certas partes do corpo, especialmente na região púbica. A distribuição difere algo daquela do macho, uma vez que seu bordo superior forma uma linha reta, ao invés de convergir para um ponto central mais alto, em forma triangular, como no homem.

A laringe não aumenta de volume como a do macho. A libido desponta, e cedo manifesta-se em direção do sexo oposto. Outros efeitos de estrogênio serão descritos mais adiante.

Progesterona

O segundo hormônio produzido pelos ovários na puberdade é a progesterona. Esta é elaborada pelo corpo amarelo ou lúteo que se forma cada vez que um óvulo é liberado. Uma vez que os corpos amarelos não persistem por mais de duas semanas após a ovulação na fêmea não prenhe, a progesterona não é produzida continuadamente, exceto durante a gestação.

Na mulher não grávida, a principal função da progesterona produzido pelos ovários é preparar o útero para a recepção de um ovo. Tal função repete-se cada mês, mesmo numa virgem. A preparação consiste em promover uma transformação do endométrio, que se torna mais espesso e suculento, propício à nidação e nutrição de um ovo.

Acreditou-se também que a progesterona produzido pelos ovários agisse sobre a musculatura uterina, diminuindo-lhe a motilidade, de modo a suprimir as contrações durante a gestação, evitando dessa forma que expulsasse o embrião.

Recentes trabalhos, porém, têm posto em dúvida tal hipótese. A menos que um ovo se tenha implantado no endométrio (ou em outro lugar), o corpo amarelo dos ovários não continua secretando progesterona por mais de duas semanas após a ovulação.



Não havendo fecundação, de nada adianta manter o endométrio no estado especial que favorece a implantação do ovo. Por isso, o corpo amarelo deixa de elaborar progesterona e regride, degenerando.

A menstruação

Como resultado, o endométrio que fora levado a um alto grau de desenvolvimento por esse hormônio, desintegra-se, descarna e sangra; isso constitui a menstruação. Pode-se pois deduzir que a menstruação depende fundamentalmente da falta do corpo amarelo em continuar secretando a progesterona.

menstruação

Depois da próxima ovulação, é lógico, um novo corpo amarelo se desenvolverá, nos ovários; este produzirá mais progesterona, mas, se não ocorrer uma gravidez, a mesma sequência de fatos será repetida. Havendo gravidez, o corpo amarelo não degenera e, como resultado, a menstruação não ocorre.

A razão pela qual um corpo amarelo persiste quando há gestação, será explicada mais tarde. É evidente a necessidade da manutenção de um corpo amarelo e da contínua secreção de progesterona quando há gravidez.

Folículo ovariano (folículos de graaf)

O folículo ovariano (também conhecido como folículo de graaf) é um ovócito primordial presente no sistema reprodutor feminino, responsáveis por viabilizar a maturação e crescimento dos ovócitos.

Folículos-ovarianos

Das centenas de milhares de folículos primordiais existentes em ambos os ovários por ocasião do nascimento, apenas de três a quatro centenas atingem a maturação e libertam óvulos na superfície dos ovários, após a puberdade.

A maioria dos folículos primordiais dos ovários degeneram tal como estão ou após haverem atingido algumas das fases do desenvolvimento, fracassando. Ao desenvolvimento, fracassado ou falho e morte de um folículo denomina-se atresia.

Folículos atrésicos são todos os que mostram modificações histológicas de degeneração ou morte. Estudaremos seu aspecto microscópico após considerarmos os aspectos do desenvolvimento normal dos folículos ovarianos.

Um folícuio primordial dos ovários mede cerca de 40 a 50 micra de diâmetro. Consiste sobretudo de um ovócito relativamente volumoso, que é envolvido por uma camada única de células epiteliais foliculares achatadas. O núcleo do ovócito é grande e está colocado centralmente.

Sua membrana se cora com intensidade moderada. Os grânulos de cromatina não são proeminentes. Desse modo, apresenta aspecto geral pálido, exceto no que se refere ao nucléolo, que é bem corado e evidente. O citoplasma do folículo dos ovários é pálido e contém granulações vitelinas, uniformemente dispersas.

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