Glândulas supra renais – Anatomia e funções – Sistema endócrino

As glândulas supra renais fazem parte do sistema endócrino do corpo humano. São duas massas achatadas, de cor amarela, situadas, conforme o nome sugere, cada uma sobre o polo superior de cada um dos rins.

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A da direita – que às vezes é descrita como se tivesse a forma de chapéu de três bicos – encontra-se num espaço situado entre o polo superior do rim direito e a veia cava inferior adjacente. A da esquerda – de forma grosseiramente comparável a uma semi-lua – ocupa a borda interna do rim esquerdo, desde o polo superior até o hilo.

Função das glândulas supra renais

Apesar de pequenas, as glândulas supra renais tem uma importância fundamental para o corpo humano, na medida que fabricam hormônios essenciais ao desenvolvimento de múltiplas funções vitais. Sua estrutura é semelhante à de um fruto: uma parte superficial, externa, espécie de pele ou casca, a cortical, e uma parte central interna, a medular.

A parte medular produz dois hormônios, a adrenalina e a noradrenalina, substancias que atuam sobre o sistema nervoso vegetativo, a pressão sanguínea e as condições cardíacas. Quanto à cortical, é uma oficina de múltiplos hormônios, sendo o mais conhecido a cortisona.



Além deles, recordemos a corticosterona e deidrocorticosterona, a hidrocortisona, destinados a regularizar as trocas das substancias proteicas e dos hidratos de carbono. Dois outros hormônios, a aldosterona e a desoxicorticosterona, regulam a troca de sódio e potássio.

Anatomia das glândulas supra renais

Cada glândula supra renal mede cerca de 5 centímetros de comprimento, e 3 a 4 centímetros de largura, com menos de um centímetro de espessura. Em muitos animais, embora situadas nas proximidades dos rins, não se acham em cima deles; assim, justifica-se denominá-las adrenais (ad = para).

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Cada glândula está constituída por um córtex e uma medula. Estas duas porções têm origem embrionária, e caracteres histológicos e funcionais diferentes. Portanto, na realidade, cada supra-renal é a reunião anatômica de duas glândulas em uma. De fato, em alguns animais, o tecido cortical e o tecido medular constituem formações isoladas, quer sob o ponto de vista anatômico, quer funcional.

Muitos investigadores suspeitaram da existência de alguma razão que explique a estreita associação anatômica entre as duas partes (cortical e medular), mas, embora já se tenha muita especulação a respeito, nada se sabe ao certo.

Caracteres microscópicos gerais da glândula supra renal

A fim de aprendermos algumas das características importantes, devemos examinar com lente de pequeno aumento um corte histológico da glândula. Em primeiro lugar observaremos que possui uma cápsula, constituída por tecido conjuntivo, relativamente espessa. Na parte central da glândula podem ser vistas veias relativamente calibrosas.

São as veias da medular que se acompanham por certa quantidade de tecido conjuntivo. Entre este tecido conjuntivo e o da cápsula encontra-se o parênquima da glândula, constituído sobretudo pelo córtex.

Embora a medular ocupe a parte central do órgão, e, portanto, esteja completamente circundada pelo córtex, a glândula supra renal é tão achatada que, num corte, a medula aparece como uma “inclusão” delgada, entre duas camadas de córtex, como se fosse um sanduiche. Além disso, a medular não fica nitidamente separada da córtico-adrenal.

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