O maxilar, também conhecido como mandíbula superior, é uma das partes do corpo mais estudadas na anatomia, sobretudo no que diz respeito à estrutura da face. O maxilar é tido como um dos ossos mais importantes da face e está situado bem no centro dela, embaixo da parte frontal e etmoide. Etmoide é um importante osso do crânio humano que fica logo atrás do nariz.
Estrutura do Maxilar
O osso maxilar é composto por duas maxilas (direita e esquerda). Cada maxila, por sua vez, é composta por 5 partes principais, que consistem no corpo e em 4 projeções (ou processos). Essas projeções são chamadas de apófises (frontal, zigomática, palatina e alveolar). A seguir, descreveremos cada um desses componentes.
CORPO
O corpo é a maior região do osso do maxilar. Apresenta um formato semelhante a uma pirâmide, e contribui para a formação da área anterior e do assoalho da órbita.
Também contribui para a formação de parte da parede da cavidade nasal e da região de baixo da fossa infratemporal (região localizada abaixo da fossa temporal, as quais descreveremos mais a frente).
A parte superior dos ossos das maxilas contribuem para a formação dos seios maxilares que, junto aos outros seios paranasais, atuam na formação do muco, cuja função é umedecer e aquecer o ar aspirado antes de enviá-lo aos pulmões.
Processo frontal
O processo frontal é a região que forma parte do limite lateral do nariz e auxilia a estrutura do sulco lacrimal. A projeção frontal apresenta duas faces, a lateral e a medial. A lateral é lisa e faz a inserção a alguns músculos e um ligamento.
Já a face medial forma a parede lateral da cavidade nasal. Na parte superior à face medial existe um espaço áspero que se conecta com o osso etmoide, possibilitando o fechamento das células aéreas etmoidais anteriores. Na região que fica abaixo desse local está a chamada crista etmoidal.
A crista etmoidal realiza uma articulação com a concha nasal média e compõe o limite superior do átrio do meato nasal médio. Outra característica do processo frontal é que ele apresenta 3 bordas:
- Borda superior: se articula com o osso frontal;
- Borda anterior: se articula com o osso nasal;
- Borda posterior: se articula com o osso lacrimal.
Processo zigomático
Essa apófise contribui para o arco zigomático em conjunto com o osso zigomático. Essa projeção da maxila fica numa área em formato triangular e áspera estrutura do osso.
O processo zigomático atua na separação da face anterior da posterior e da superior.
Processo palatino
Trata-se do céu da boca e do pavimento da cavidade nasal, contendo também o buraco incisivo e apresenta uma espinha nasal anterior. A face inferior do processo palatino é irregular, áspera e côncava.
Nessa face e posteriormente a ela, existe o sulco palatino maior, e por essa região passam diversos nervos palatinos maiores. Nessa face há também muitos forames que oferecem passagem aos chamados vasos nutrícios. No local dessa face ocorrem depressões, que é a região na qual as glândulas palatinas são armazenadas.
Processo alveolar
Essa apófise forma a arcada dentária maxilar, sendo composta por 8 cavidades profundas. São nessas cavidades onde os dentes estão fixados.
Além de desempenhar a função de alojamento para as raízes dos dentes, o processo alveolar também atua na absorção e distribuição de pressões provenientes do contato com os dentes da mandíbula.
Cavidades do maxilar
As maxilas participam na composição de 4 cavidades e duas fossas. As cavidades são as seguintes:
- Teto da cavidade bucal;
- Parede lateral e assoalho do nariz;
- Assoalho da órbita;
- Seio maxilar.
Teto da cavidade bucal
O teto da cavidade bucal é dividido em duas partes: o vestíbulo bucal (porção externa da estrutura, sendo a menor delas) e a cavidade bucal propriamente dita. É formado a partir da junção das extremidades superiores da maxila.
O vestíbulo bucal nada mais é do que a região situada entre os lábios e as bochechas (do lado externo) e pelos dentes e gengivas (internamente).
Já a cavidade bucal propriamente dita localiza-se entre as arcadas dentárias e os arcos do palato. Sua estrutura superior, também chamada de “teto”, é constituída pelos palatos duro e mole. Seu assoalho é formado pela língua e o sulco linguogengival.
Parede lateral e assoalho do nariz / assoalho da órbita
Assim como o teto da cavidade bucal, o assoalho as paredes laterais da cavidade do nariz, bem como o assolho da órbita, são formados pela junção das extremidades superiores das maxilas.
Seios maxilares
Os seios maxilares se estendem da crista da órbita até os processos alveolares. Localiza-se imediatamente abaixo das órbitas oculares e é o maior dos seios faciais (também chamados de “paranasais”).
O seio maxilar abriga o nervo infraorbital, que deriva pequenas ramificações para os tecidos das bochechas. Além disso, comunica-se com a fossa nasal através do óstio, um pequeno orifício localizado entre as fossas nasais média e inferior.
Fossas do maxilar
Conforme descrito anteriormente, além das cavidades, o maxilar participa da formação de duas fossas:
- Fossa infratemporal
- Fossa pterigopalatina
A região anterior da fossa infratemporal é formada pela superfície posterior do maxilar e pela fissura orbital inferior. Já a região anterior da fossa pterigopalatina é formada pela superfície posterior do corpo da maxila.
Articulação do maxilar
Cada maxila se articula com outros 9 ossos do crânio. Dois deles são do neurocrânio (frontal e etmoide) e sete são do viscerocrânio (nasal, lacrimal, zigomático, palatino, vômer, concha nasal inferior e a maxila oposta).
Funções do Maxilar
As maxilas contidas no osso maxilar são essenciais na formação da órbita ocular, da cavidade nasal e do palato. Essa região também é responsável por manter os dentes superiores. As funções do maxilar também estão relacionadas às atividades de mastigação e comunicação.
Depois de falarmos sobre o maxilar e sua importância vital no corpo humano, enquanto um dos ossos mais importantes na face, vamos ver o que é a mandíbula, estrutura desse osso e funções que ela desempenha. É importante saber essa diferença, já que muitas pessoas confundem essas partes.
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