Entre todos os 206 ossos que compõem o esqueleto humano, o osso esfenoide é o que apresenta o formato mais complexo e irregular. Com formato semelhante a uma mariposa, localiza-se na base do crânio. Conheça a seguir sua anatomia e função no neurocrânio.
Anatomia do osso esfenoide
O osso esfenoide localiza-se anteriormente ao osso occipital, contribuindo para a formação do assoalho da fossa craniana. Apresenta uma estrutura composta por tecido ósseo esponjoso em seu epicentro.
Em sua anatomia, o osso pode ser dividido nos seguintes segmentos:
- Corpo;
- Asas menores (duas);
- Asas maiores (duas);
- Apófises pterigoides.
Descreveremos a seguir as características de cada um desses segmentos que formam o osso esfenoide.
Segmentos do osso – Corpo
O corpo é a região central do osso, de onde partem as demais. Caracteriza-se principalmente por apresentar pequenas cavidades preenchidas por tecido adiposo.
Em sua anatomia, podemos destacar o seio esfenoidal, uma pequena cavidade vazia preenchida por ar, em cujas paredes podemos encontrar um revestimento composto por mucosa. Através da crista esfenoidal, o osso contribui para a formação de uma fração do septo nasal.
Outro elemento bastaste importante no corpo do osso esfenoide é a chamada sela turca, região que exerce a função de alojamento para a glândula hipófise.
Asas menores
As asas menores constituem a região que se localiza logo acima da região basilar do osso occipital. Sua face inferior participa da formação de parte da base lateral da órbita ocular, assim como sua face superior participa da formação das fossas cranianas.
A função desse segmento no crânio humano é permitir a passagem do nervo óptico e da artéria oftálmica, através de um espaço denominado canal óptico.
Asas maiores do osso esfenoide
As asas maiores do osso esfenoide se localizam lateralmente a região basilar do osso occipital, logo abaixo da asa menor. Sua face interna participa da formação de parte da base craniana, enquanto sua face externa contribui para a formação da parede lateral da órbita ocular.
Em sua anatomia, as asas maiores apresentam três pequenos forames:
- Forame redondo;
- Espinhoso;
- Oval.
O forame redondo tem a função de conduzir o nervo maxilar, enquanto o oval se encarrega de permitir a passagem do nervo mandibular e da artéria meníngea acessória. Já o forame espinhoso possui a função de conduzir os vasos meníngeos mediais e parte do nervo espinhal proveniente da mandíbula.
As apófises pterigoides
Em sua anatomia, as apófises pterigoides são divididas em regiões lateral e medial, participando da formação da fossa palatina. Em sua estrutura, podemos observar pequenas cavidades, responsáveis por conduzir os nervos e vasos petrosos (fossa vidiana) e o nervo proveniente da faringe (fossa faríngea).
Articulações entre os ossos
Por ocasião de seu formato irregular no sentido de vários eixos direcionais, o osso esfenoide acaba por limitar-se com vários outros ossos do crânio. Dessa forma, limita-se com:
- Osso etmoide;
- Frontal;
- Maxila;
- Occipital;
- Palatino;
- Perietal;
- Temporal;
- Zigomático.
Todos esses ossos são ligados através de suturas, formadas a partir de tecido conjuntivo denso. As bordas dos ossos apresentam um perfil serrilhado, de modo que, em conjunto à densidade articular, mantenham-se conectados firmemente, sem exercerem movimentos entre si.
Resumo – anatomia e função do osso esfenoide
Em resumo, podemos concluir que o osso esfenoide é o que apresenta o formato mais irregular e complexo dentre todos os ossos do corpo humano. Além disso, é um dos ossos que possui o maior número de limites entre outros ossos, aos quais é conectado a partir das suturas cranianas, articulações que apresentam características rígidas, não permitindo movimentos entre si.
O osso esfenoide participa ativamente da formação de parte da base craniana, apresentando forames e cavidades que abrigam e conduzem diversos nervos e ramificações de artérias. Na região do corpo do osso, possui um elemento ósseo denominado “sela turca”, na qual aloja-se uma importante glândula do sistema endócrino: a hipófise.
Gostou de aprender sobre esse osso do neurocrânio? Compartilhe!